MUNICÍPIO DE PAULO AFONSO-BA
SE TU VINHÉ.
DO LIVRO:
SERTÃO DE RIBA A BAXO.
À MINHA ADMIRADORA XUXA.
(NA LINGUAGEM SERTANEJA).
SE VINHERES NO SERTÃO
VOU TE DÁ EM MEU BARRACO
LENÇOL DE PANO DE SACO
PRA VOCÊ FORRAR NO CHÃO.
TE DOU UM PANO INCARNADO
PRA FAZER UMA RUDIA
DOU CABAÇA DE ÁGUA FRIA
PRA TU BEBER NO ROÇADO.
PRA JANTAR EU DOU UM TACO
DE GIRIMUM CUM FEIJÃO
XERÉM FEITO NO PILÃO
CAFÉ TORRADO NO CACO.
DOU FUBÁ CUM RAPADURA
DOU XEREM CUM CARNE ASSADA
DOU BEIJU, DOU IMBUZADA
DOU PREÁ E TANAJURA.
DE MENHANZINHA NÓIS COME
CUSCUZ CUM LEITE DE VACA
PRA PASSAR MINHA RESSACA
E PRA MATAR TUA FOME.
IMITANDO UM TROVADOR
FICO NO CHÃO ASSENTADO
CUM MEU VIOLÃO DE LADO
FAZENDO VERSOS DE AMOR.
DE LÁ DE RIBA DA SERRA
MANDO CANÁRIO E ROLINHA
VIM CANTAR PRA GALEGUINHA
MAIS FRESCA DA NOSSA TERRA.
EU TE DOU O VERMELHÃO
DO SOL NASCENDO NA SERRA
QUE NUM TEM NA TUA TERRA
DEVIDO A POLUIÇÃO.
TE DOU ÁGUA TRANSPARENTE
CORRENDO PELO RIACHO
QUE ISPIANDO PRA BAIXO
VER O RETRATO DA GENTE.
AS FLORES MATAM POR CERTO
A POLUIÇÃO VISUAL
DAS FLORESTAS DE CONCRETO
QUE SE VER NA CAPITAL.
DOU O SOM INTERROMPIDO
DE UM GRILO NO BARRACO
ESCONDIDO NUM BURACO
DO CHÃO DE BARRO BATIDO.
DOU A RESTA REDONDINHA
QUE SE SOME E APARECE
DO RAIO DE SOL QUE DESCE
DO TELHADO DA COZINHA.
DOU UM LENÇO DE CETIM
COM O TEU NOME BORDADO
DOU UM PENTE APROPRIADO
PRA CABELO PICHANHIM.
DO LIVRO:
SERTÃO DE RIBA A BAXO.
À MINHA ADMIRADORA XUXA.
(NA LINGUAGEM SERTANEJA).
SE VINHERES NO SERTÃO
VOU TE DÁ EM MEU BARRACO
LENÇOL DE PANO DE SACO
PRA VOCÊ FORRAR NO CHÃO.
TE DOU UM PANO INCARNADO
PRA FAZER UMA RUDIA
DOU CABAÇA DE ÁGUA FRIA
PRA TU BEBER NO ROÇADO.
PRA JANTAR EU DOU UM TACO
DE GIRIMUM CUM FEIJÃO
XERÉM FEITO NO PILÃO
CAFÉ TORRADO NO CACO.
DOU FUBÁ CUM RAPADURA
DOU XEREM CUM CARNE ASSADA
DOU BEIJU, DOU IMBUZADA
DOU PREÁ E TANAJURA.
DE MENHANZINHA NÓIS COME
CUSCUZ CUM LEITE DE VACA
PRA PASSAR MINHA RESSACA
E PRA MATAR TUA FOME.
IMITANDO UM TROVADOR
FICO NO CHÃO ASSENTADO
CUM MEU VIOLÃO DE LADO
FAZENDO VERSOS DE AMOR.
DE LÁ DE RIBA DA SERRA
MANDO CANÁRIO E ROLINHA
VIM CANTAR PRA GALEGUINHA
MAIS FRESCA DA NOSSA TERRA.
EU TE DOU O VERMELHÃO
DO SOL NASCENDO NA SERRA
QUE NUM TEM NA TUA TERRA
DEVIDO A POLUIÇÃO.
TE DOU ÁGUA TRANSPARENTE
CORRENDO PELO RIACHO
QUE ISPIANDO PRA BAIXO
VER O RETRATO DA GENTE.
AS FLORES MATAM POR CERTO
A POLUIÇÃO VISUAL
DAS FLORESTAS DE CONCRETO
QUE SE VER NA CAPITAL.
DOU O SOM INTERROMPIDO
DE UM GRILO NO BARRACO
ESCONDIDO NUM BURACO
DO CHÃO DE BARRO BATIDO.
DOU A RESTA REDONDINHA
QUE SE SOME E APARECE
DO RAIO DE SOL QUE DESCE
DO TELHADO DA COZINHA.
DOU UM LENÇO DE CETIM
COM O TEU NOME BORDADO
DOU UM PENTE APROPRIADO
PRA CABELO PICHANHIM.
TE DOU UM CORTE DE CHITA
PRA TU FAZER UMA SAIA
TE DOU UM CHAPÉU DE PÁIA
CHEIO DE LAÇO DE FITA.
DOU A PEDRA DUM LAGEIRO
PRA LAVAR ROUPA NO RIO
TE DOU SABUGO DE MIO
PRA TU LIMPÁ O TRAZEIRO.
EU VOU MANDAR MUÇAMBÊ
MANDACARU E FAXEIRO
NO MONTURO DO TERREIRO
BOTAR FLORES PRA VOCÊ.
EU VOU MANDAR MUÇAMBÊ
MANDACARU E FAXEIRO
NO MONTURO DO TERREIRO
BOTAR FLORES PRA VOCÊ.
DOU A ROÇA DE FEIJÃO
DOU A BAIXA DE ARROZ
UMA ESTEIRA PRA NÓIS DOIS
MOSTRAR A NOSSA PAIXÃO
SE TIVER MUITO CALOR
TE DOU SOMBRA E ÁGUA FRIA
TE DOU UMA POESIA
PRA TEMPERAR NOSSO AMOR.
VOU DEITAR NO PÉ DA CAMA
FUNGAR NO PÉ DO OUVIDO
MARROTAR O TEU VESTIDO
VOU MOSTRAR COMO SE AMA.
DOU BATATA DE IMBUZEIRO
PRA MATAR A TUA SEDE
DOU UM BALANÇO DE REDE
NA SOMBRA DO JUAZEIRO.
DOU UM PÉ DE VENTO FRIO
DOU O BERRO DUM TROVÃO
DOU O SOM DUM VIOLÃO
SENTADO Á BEIRA DO RIO.
NO DIA DA ELEIÇÃO
TE AMARRO E DEIXO NUA
PRA VOCÊ NÃO IR PRA RUA
DAR SEU VOTO A UM LADRÃO.
EU TE DOU O PÉ DA SERRA
TE DOU A BOCA DA NOITE
DOU O VENTO DANDO AÇOITE
BEIJANDO A FACE DA TERRA.
TE LEVO NA VAQUEJADA
NA FOGUEIRA DE SÃO JOÃO
NAS CORRIDAS DE MOURÃO
NAS NOITES DE FARINHADA.
EU TE DOU A MINHA ALMA
QUE AS VEZES SE APERREIA
E SÓ NÃO FAZ COISA FEIA
PORQUE TE VER E SE ACALMA.
EU TE DOU A MINHA MENTE
MUITO CHEIA DE LIMPEZA
MAS COM A TUA BELEZA
SE SUJA E FICA INDECENTE.
EU TE DOU MEU CORPO INTEIRO
SABOROSO QUE NEM MEL
BONITO QUE NEM O CÉU
QUERIDO QUE NEM DINHEIRO.
VOU TE DÁ MEU CORAÇÃO
SE TIVER MUITO CALOR
TE DOU SOMBRA E ÁGUA FRIA
TE DOU UMA POESIA
PRA TEMPERAR NOSSO AMOR.
VOU DEITAR NO PÉ DA CAMA
FUNGAR NO PÉ DO OUVIDO
MARROTAR O TEU VESTIDO
VOU MOSTRAR COMO SE AMA.
DOU BATATA DE IMBUZEIRO
PRA MATAR A TUA SEDE
DOU UM BALANÇO DE REDE
NA SOMBRA DO JUAZEIRO.
DOU UM PÉ DE VENTO FRIO
DOU O BERRO DUM TROVÃO
DOU O SOM DUM VIOLÃO
SENTADO Á BEIRA DO RIO.
NO DIA DA ELEIÇÃO
TE AMARRO E DEIXO NUA
PRA VOCÊ NÃO IR PRA RUA
DAR SEU VOTO A UM LADRÃO.
EU TE DOU O PÉ DA SERRA
TE DOU A BOCA DA NOITE
DOU O VENTO DANDO AÇOITE
BEIJANDO A FACE DA TERRA.
TE LEVO NA VAQUEJADA
NA FOGUEIRA DE SÃO JOÃO
NAS CORRIDAS DE MOURÃO
NAS NOITES DE FARINHADA.
EU TE DOU A MINHA ALMA
QUE AS VEZES SE APERREIA
E SÓ NÃO FAZ COISA FEIA
PORQUE TE VER E SE ACALMA.
EU TE DOU A MINHA MENTE
MUITO CHEIA DE LIMPEZA
MAS COM A TUA BELEZA
SE SUJA E FICA INDECENTE.
EU TE DOU MEU CORPO INTEIRO
SABOROSO QUE NEM MEL
BONITO QUE NEM O CÉU
QUERIDO QUE NEM DINHEIRO.
VOU TE DÁ MEU CORAÇÃO
TE TIRAR DO ABANDONO
QUE LOURA BURRA SEM DONO
NÃO VALE NEM UM TOSTÃO.
Eita meu poeta quanta coisa bonita na sua poesia por isso sou seu admirador!!! Um abraço do seu amigo, Carlos Aires
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