NO TERREIRO DA CASA DA FAZENDA.
Mote de um lindo cordel do enorme
poeta Carlos Aires.
NÃO TEM MAIS A PORTEIRA QUE EXISTIA
NO TERREIRO DA CASA DA FAZENDA.
Quero deixar registrado aqui, os meus
sinceros agradecimentos ao nobre amigo Carlos,
pelo uso de seu inspirado mote.
HOJE EM DIA NÃO SE ESCUTA NA COZINHA
UMA LINDA CANÇÃO QUE MÃE CANTAVA
NEM A PORTA DE BAIXO QUE CHIAVA
AVISANDO TODA VEZ QUE PAPAI VINHA.
NO TELHADO O CUPIM COMEU A LINHA
A CUMEEIRA QUEBROU-SE NA EMENDA
O QUE SOBRA NA FERRAGEM DA MOENDA
A FERRUGEM TENTOU MAS NÃO COMIA
NÃO TEM MAIS A PORTEIRA QUE EXISTIA
NO TERREIRO DA CASA DA FAZENDA.
NÃO TEM MAIS OS VESTÍGIOS SOBRE O CHÃO
DAS ROSEIRAS DE MAMÃE PELO TERREIRO
NEM A CASINHA DO CACHORRO PERDIGUEIRO
NEM SINAIS DAS FOGUEIRAS DE SÃO JOÃO.
O QUE TEM DENTRO DO MEU CORAÇÃO
É UMA SAUDADE COM FORÇA ESTUPENDA
E EM SONHO PAPAI ME RECOMENDA
MISTURAR SAUDADES COM POESIA
NÃO TEM MAIS A PORTEIRA QUE EXISTIA
NO TERREIRO DA CASA DA FAZENDA.
DA ESCOLA, DO AÇUDE, DOS CURRAIS
HOJE EM DIA SÓ RESTAM AS RUÍNAS
PLANTAÇÕES, ARVOREDOS E CAMPINAS
SÃO BELEZAS QUE A GENTE NÃO VER MAIS.
É TÃO TRISTE FAZENDA SEM ANIMAIS
QUE EU VOU COLOCAR PLACA DE VENDA
ESPERO QUE NO CÉU PAPAI ENTENDA
QUE SE DEUS QUISER UM DIA
LEVO A FOTO DA PORTEIRA QUE EXISTIA
NO TERREIRO DA CASA DA FAZENDA.
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